Segue uma entrevista com o artista:
O interesse pela música surgiu como?
A música sempre esteve muito ligada a minha vida, desde criança sempre ouvi uma diversidade de estilos musicais. Meu tio, que morava comigo, é musico também e se apresentava em barzinhos e casas noturnas, acompanhando grupos de MPB, samba e choro, por isso lá no som de casa cresci ouvindo muita coisa boa, além de minha casa sempre ser freqüentada por muitos músicos.
Nas rodas de capoeira, que pratico desde moleque, já tocava instrumentos de percussão. Minha vó que é uma sambista de mão cheia, me levava pra escola de samba desde pequeno, onde eu tocava surdo,caixa, malacacheta e outros instrumentos de percussão.
Comecei a me interessar em fazer música e queria aprender um instrumento, me identificava mais com os instrumentos de corda, e logo comecei a tocar cavaco e violão, acompanhando grupos de samba, choro e pagode. Mas foi quando comecei a acompanhar cantoras de MPB em barzinhos que fui percebendo a facilidade que eu tinha para o canto e decidi que não queria apenas acompanhar como instrumentista, queria cantar também. Fui atrás de aulas, fiz parte de um coral, estudo e continuarei estudando música sempre.
Como vê o momento musical na cidade ?
Santos e uma cidade muito rica não só musicalmente, mas culturalmente de um modo geral, aqui tá cheio de artistas talentosos, mas faltam...
Faltam oportunidades ?
…Ha uma carência em novos projetos de estímulo à arte em geral, não só na musica. Há alguns como o projeto 'Musica na XV' que abre espaço para artistas da região apresentarem seus trabalhos, também as tendas na praia que armam durante a temporada, mas são muito poucas oportunidades para uma cidade que tem um potencial cultural tão rico e diversificado.
Vê a internet como ferramenta ?
Com o avanço da Internet, as coisas mudaram tanto para o artista quanto para o público. Durante anos a televisão foi vista como a janela do sucesso empurrando besteiras pra dentro das nossas orelhas. Hoje as pessoas buscam o que querem ver e ouvir e não o contrário, a liberdade de consumo é muito maior. Para o artista, tornou-se mais fácil de divulgar seu trabalho, pois não há a necessidade de intermediários, é muito mais fácil de ser notado por produtores e empresários. A internet também possibilita uma maior liberdade de expressão, enfim é uma poderosa arma, mas infelizmente as grandes emissoras de TV ainda são donas da audiência.
Sergio Lima costuma tocar nos bares Barca Velha, Saloon e Grill em Santos e no Strong Age em São Vicente. Um site está em construção para a divulgação de sua música.
Edição: Luana Raquel, Monique Moreira, Ricardo Pozzi e Thiago Ueda
Nenhum comentário:
Postar um comentário