Afastando-se ou aproximando-se da música?

Se você tem um sobrinho ou um irmão pequeno, ou então está sempre antenado no mundo dos vídeo-games e da música, com certeza já ouviu falar nos jogos das séries Guitar Hero e Rock Band. São jogos do gênero musical que colocam as pessoas na pele de músicos. Através de notas representadas na tela e controladores com formatos de instrumentos em miniatura (guitarra, contrabaixo, bateria e microfone) é possível simular turnês e toda a emoção de um show de rock-and-roll.

Influência

A presença desses jogos fez com que vários amantes do rock conhecessem bandas presentes apenas no cenário regional de seus países. Várias pessoas que não conheciam os diversos estilos musicais e bandas de outras épocas presentes nos jogos acabaram conhecendo e gostando. Os jogos foram se tornando cada vez mais populares que até bares nos EUA e Canadá oferecem uma noite com os jogos como atraçao principal, fazendo o lucro muitas vezes triplicar.

A febre se espalhou pelo mundo todo, alcançando as empresas fonográficas. As bandas presentes no repertório dos jogos da série tiveram um significativo aumento no número de álbuns vendidos, principalmente no mundo virtual (Internet). As canções na trilha sonora das séries tiveram um grande aumento no número de downloads, algumas músicas aumentaram suas vendas virtuais semanais em até 115 vezes.

Críticas

Porém, com o sucesso desses jogos, vieram as críticas. O argumento dos críticos é de que ao brincar de tocar instrumentos de brinquedo, os jovens perdem tempo valioso que poderia ser usado para o estudo e posteriormente aprimoração com o instrumento real. O maior temor porém, não é o tempo perdido, e sim a falta de motivação para aprender um instrumento de verdade, que é necessário ter esforço, paciência e perseverança, já que o instrumento de plástico não requer muito tempo e esforço para tocar. Pode-se aprender nos jogos em uma hora, uma música que um músico profissional demorou 1 ano para aprender a tocar.

Elogios

Em defesa dos jogos desse estilo estão alguns professores de música, que afirmam ter um aumento significativo desde os lançamentos desses jogos, ficando evidenciado com conversas com alunos as influências de Guitar Hero e Rock Band na vontade de aprender um instrumento e as músicas presentes neles. Muitos artigos apontam que é uma nova maneira de interagir com a música, utilizando-se de outros sentidos ao escutar a música, de uma forma leve e descontraída. Para os professores há um porém: apesar de implantar uma noção rítmica no jogador, os jogos apenas servem de imersão em novos estilos de música e de inspiração, e não ensinam de fato a tocar um instrumento.



Você já presenciou, jogou esses jogos? Acha que ao jogar Guitar Hero e Rock Band, as pessoas se aproximam ou se afastam dos instrumentos reais?

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Edição: Luana Raquel, Monique Moreira, Ricardo Pozzi e Thiago Ueda.