segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um time brasileiro para as seleções estrangeiras

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, está preocupado. Na Copa do Mundo da África do Sul, pelo menos dez brasileiros devem jogar por seleções estrangeiras - o dobro do número de 2006.
"Temos muitos talentos que não são absorvidos pelo Brasil e, naturalmente, vão buscar outras oportunidades", explica o professor e ex-preparador físico da seleção brasileira, João Paulo Medina.
A cada ano, cerca de mil brasileiros vão jogar bola no exterior. O processo de naturalização, porém, não é tão simples. Primeiro, claro, o sujeito tem que aprender a língua, os costumes e se adaptar ao novo país.
"Metade dos jogadores volta antes do previsto por dificuldades de adaptação", diz a psicóloga Andrea Sebben, que orienta boleiros na iminência da expatriação.
Jogar na seleção, seja na defesa, no meio ou no ataque, é permitido por lei. Desde que, claro, mostre-se competência para tanto.
Se é por temor de que a identidade nacional das equipes seja prejudicada, não faltam exemplos que desmentem a tese. Quando não pode defender seu país, é natural que um bom jogador procure outra nação com a qual se identifique. Não é à toa que a seleção portuguesa tem o maior número de brasileiros (três), visto que há diversas afinidades culturais.
·                     Conheça os jogadores:

1.                   O volante Marcos Senna vai para sua segunda Copa defendendo a Espanha;
2.                   Fabiano Santacroce foi criado na Itália, joga no Napoli e já foi convocado para amistosos;
3.                   Cacau, do Stuttgart, já foi convocado e tem grande chance de defender a Alemanha;
4.                   Deco, meia do Chelsea, vai para a sua segunda Copa com a seleção portuguesa;
5.                   Leandro Augusto joga no Pumas e defendeu o México nas eliminatórias;
6.                   Liédson, atacante do Sporting Lisboa, pode disputar sua primeira Copa por Portugal;
7.                   Pepe, do Real Madrid, tentá se recuperar de uma contusão para ir à Copa;
8.                   O atacante Amauri, da Juventus, obteve a cidadania italiana e agora aguarda a convocação;
9.                   O zagueiro Marco Túlio Tanaka, um dos líderes da seleção do Japão, é presença certa no Mundial;
10.               O carioca Benny Feilhaber enfrentou o Brasil em 2009 com os Estados Unidos

Edição: Allan Motta, Andrea Braga, Guilherme Mathias e Rafhaella Jeronymo

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